segunda-feira, 19 de março de 2007

Mãe de filho único

Renoir (detalhe)
Hoje, mais uma vez, meu filho me telefona, pedindo orientação para se localizar em Porto Alegre. Semana passada, fez o mesmo. Ontem, balde, pano e perfumina para limpar os estragos de uma noitada regada à cerveja Guiness com amigos e amigas.

Eu me dei por conta do quanto essas coisas me fazem sentir mãe de novo! Meu filho é tão independente e demanda tão pouco de mim, que acho o máximo cuidar dele desta forma. Longe de mim ficar furiosa por limpar o caos, muito menos ficar irritada por ter de explicar coisas que ele mesmo poderia ter se informado antes de sair de casa. Ainda mais para quem viveu no estrangeiro por quase sete meses!

Parece que, no fundo, inconscientemente, o filho sempre busca uma forma de ficar ligado à mãe. E eu adoro isto! Percebo que, quanto mais velho fica, mais carente dele eu me sinto. E quando ouço sua voz me perguntando "mãe, como faço para chegar em tal lugar", ou quando corro para dar remédio anti-ressaca, ele volta a ser o guri que eu pegava no colo há pouco tempo atrás.

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